Vice-presidente da CNE confirma que as explicações ao Conselho Constitucional foram elaboradas e enviadas sem o conhecimento dos vogais
Maputo (Canalmoz) - O Vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Mazanga acaba de confirmar que os vogais da Comissão Nacional de Eleições não tomaram conhecimento da elaboração e envio das explicações ao Conselho Constitucional, sobre as discrepâncias entre o número de votos e votantes, feito à última hora da sexta-feira.
De acordo com Fernando Mazanga, estranhamente o assunto não passou da plenária que é o órgão deliberativo e máximo da CNE composto por todos os vogais, nem se quer da Mesa da CNE, onde fazem parte presidente e os dois vice presidentes.
De acordo com Mazanga, o assunto foi tratado na Comissão das Operações Eleitorais dominada por elementos do partido Frelimo e de lá o presidente mandou para o Conselho Constitucional. Aliás, segundo Mazanga, o Presidente da CNE, o Bispo Carlos Matsinhe havia prometido que iria telefonar ao próprio Mazanga na qualidade de Vice presidente, para tratarem da resposta. Mas nunca mais telefonou até que ontem Mazanga soube pelo Canalmoz que o documento já havia sido enviado.
O tratamento desse expediente às escondidas, é fácil de explicar. É que se o mesmo tivesse ido a plenária ou à Mesa, encontraria oposição dos vogais que votaram contra os resultados, aquando da sua aprovação para a divulgação. E esse vogais sabem que há discrepância entre o número de votos e o números de votantes porcausa do enchimento de urnas, protagonizada pelo partido Frelimo e teriam dito isso ao Conselho Constitucional.
Para evitar esse embaraço, o Bispo Matsinhe tratou o assunto sozinho com os elementos do partido Frelimo e enganou os outros vogais prometendo que iria lhes telefonar e nunca mais telefonou. VEJA TAMBEM: Moçambique: CNE ainda não entregou atas e editais ao CC
A questão que se coloca agora é validade desse documento enviado pelo Bispo, uma vez que as discrepâncias estão numa deliberação assinada por todos os vogais e a explicação também devia ir numa deliberação feita por todos os vogais. LEIA MAIS...
FONTE: CANALMOZ