RESTRIÇÕES NA INTERNET IMPEDIRAM DESTRUIR PAÍS, DIZ MATEUS MAGALA
O ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala, admite que as restrições à internet resultaram da própria ação dos operadores, para que não fosse utilizada para "destruir" o país.
O ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano admite que as restrições à internet, sobretudo nas redes sociais, resultou da própria ação dos operadores, para que não fosse utilizada para "destruir" o país, no contexto das manifestações pós-eleitorais.
É uma combinação de muitos fatores. A destruição de infraestruturas, mas também a segurança dos próprios operadores, que têm de trabalhar num ambiente de segurança.
Também a responsabilidade civil dos operadores, posso dizer, quando veem que a Internet está a ser utilizada para a destruição do país", disse o ministro Mateus Magala, questionado pelos jornalistas, este domingo (10.11), na província de Maputo.
"Certamente eles próprios tomaram medidas para prevenir que a Internet seja um bem coletivo, não um mal usado para destruir o nosso país", afirmou ainda.
Há praticamente duas semanas que o acesso à Internet, nomeadamente redes sociais e WhatsApp, está limitado, sendo estes habituais meios para convocação e divulgação de manifestações.
"Quando vemos violações que põe em perigo a integridade de todos os moçambicanos na nação temos que agir como tal, para que os nossos meios de comunicação não sejam usados para a destruição do país. É nesse contexto que por exemplo muitas pessoas, por causa da segurança, não se fizeram ao serviço.
Será que foi o Governo que disse para eles não irem ao serviço? Não, o Governo disse 'vamos trabalhar', mas as pessoas tomaram a decisão, pela perceção do risco onde estão, que não se podiam locomover", acrescentou Magala.
O ministrou apelou à população "para pautar pelo civismo e a proteção das infraestruturas de transportes e comunicações", para "que não haja a interrupção" desses serviços no país. (Lusa).
FONTE: TVSucesso